terça-feira, 21 de maio de 2013

Os feitos da Inflação, consumo fraco tira R$ 27 bilhões da economia brasileira.


A queda nas vendas no varejo apresentou uma redução de 0,5 ponto porcentual no crescimento da economia em 2013.

A desaceleração das vendas do comércio varejista no primeiro trimestre de 2013 já indicava um esfriamento quanto ao hábito de consumo das famílias brasileiras O fato pode representar uma queda de 0,5 ponto porcentual no crescimento da economia no ano. Isso significa que, em valores correntes, ao menos 27,5 bilhões de reais, que seriam utilizados na compra de bens e serviços podem deixar de circular no setor.
A causa para essa diminuição no consumo das famílias é justificada por vários fatores. Contudo, o resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda na semana passada, mostrou a dimensão dessa freada nas compras.
O ritmo de crescimento de vendas do comércio restrito – aquele que não considera veículos e materiais de construção – foi reduzido praticamente à metade ao final do primeiro trimestre deste ano (4,5%) em relação ao do encerramento em 2012 (8,4%). “A surpresa é que a redução da taxa de crescimento do varejo foi abrupta”, afirma Ricardo Meirelles, economista-chefe da consultoria GS&MD.
Além dos seis segmentos que compõe a PMC, outros quatro sofreram desaceleração no crescimento do primeiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de vendas dos hiper e supermercados, que em 2012 havia apresentado um aumento de 10,3% em comparação ao de 2011, terminou o primeiro semestre do ano com uma elevação de apenas 1,8%.

O mesmo poderia ter acontecido com móveis e eletrodomésticos, setor no qual o tombo nas vendas foi 15,8% para 1% nas mesmas bases comparativas. O mesmo ocorreu no setor de artigos farmacêuticos e de perfumaria, de 10,8% para 7,3%, e no de itens de informática e comunicação, de 30,9% para 3,6%. “Esses resultados mostram que temporariamente está ocorrendo uma pausa nas compras”, diz Emilio Alfrieri, economista da Associação Comercial de São Paulo. Segundo ele, o consumidor, hoje está pagando o que já tinha adquirido.


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